quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Ultrapassamos a VIROSE

Ser mãe é difícil, então na doença doí demais.

Ultrapassamos a primeira gastroenterite mas foi duro. Vómitos, diarreia, perda de apetite, apatia, idas ao hospital, nem me quero lembrar mas já passou.

Hoje de manhã foi bom ver-te acordar bem disposto e a dares cinco e bateres palmas, como só os dois fazemos.

Ultrapassamos meu amor e é tão bom ver-te a desarrumar a casa de novo.

sábado, 22 de outubro de 2016

Carta a uma tal pediatra

Querida Pediatra,

escrevo-lhe na sequência do atendimento de ontem no seu consultório médico. Como sabe o S. estava doente desde a madrugada de quinta com vómitos, temperatura e falta de apetite. Foi a primeira vez que ficou doente a sério, vê-lo vomitar e tão caído dói demais. Face à melhoria pouco significativa e febre persistente, resolvemos marcar uma consulta na primeira pediatra com disponibilidade. A pressa em chegar ao hospital era tanta que chegamos à consulta com trinta minutos de antecedência e entramos quase de seguida. 
O S. como muitas crianças,  quando vê a bata branca começa a chorar, chora mesmo muito é verdade, mas temos que ter paciência é um bebé.(penso que a sua especialidade é pediatria ou estarei enganada) O seu choro estava a perturbá-la mas não estava mais do que a mim mãe, ver o meu filho a chorar, a sufocar custa imenso. Depois de lhe ver os ouvidos, garganta e auscultar concluiu que ele tinha uma OTITE. O seu diagnóstico não me convenceu, pois nem ao trabalho de apalpar a barriga do S. se deu quando lhe falei em gastroenterite. Depois do diagnóstico prescreveu uma cambada de medicamentos, talvez isso lhe desse jeito para ganhar alguma viagem.
A sua consulta não foi do meu agrado, primeiro pela falta de paciência e depois pela falta de profissionalismo. Fico triste por saber que estudou tantos anos para "despachar"utentes ( foi isso que senti), que jurou ajudar os outros, que escolheu uma especialidade relacionada com crianças para não ter paciência para elas e pior que a medicina que estudou foi para "drogar" as crianças com medicação desnecessária. Há falta de sabedoria e competência da sua parte optou pelo mais fácil: prescrição de um antibiótico forte pois assim matava "qualquer" doença mesmo que isso implicasse mau estar de uma criança. 
O meu coração de mãe não estava seguro e sossegado com o seu diagnóstico, no entanto, fui à farmácia contribuir para a sua ida às Maldivas. Sabe a minha irmã está prestes a concluir medicina, achei por bem a consultar e por telefone segui algumas dicas para nos certificamos que seria otite e sem  sucesso qualquer toque nos ouvidos era suportado. 
Assim, porque eu acredito muito na energia deste universo e antes de cair na tentação de dar o medicamento, o S. teve uma descarga intestinal enorme e quando a teve não tive dúvidas GASTROENTERITE. Depois disso ganhou vida, ficou novo, começou a comer, passou a febre e a dita "otite".
Espero que as próximas crianças que a encontrar no hospital sejam tratadas com mais paciência, que não lhe passe antibióticos fortes só porque lhe dá jeito e mais uns pós mágicos de laboratório. Espero ainda, que nunca sinta como mãe um mau diagnóstico e mau atendimento com os seus filhos. 
Ainda pensei perder tempo em reclamar por escrito no hospital,  no entanto, considero que o tempo é melhor aproveitado ao escrever este post.
Despeço-me esperando não a voltar a ver:

A Mãe do S.

Nota: Espero que tenha chegado a tempo do café que tinha com a sua amiga doutora do consultório ao lado.
Ah esqueci-me de referir que a minha família é macrobiótica e apologista da medicina natural, a medicação existe e deve ser usada mas em último recurso, por isso prescreva antibióticos com consciência, como fossem para os seus filhos.



quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Há casamentos de sonhos

O fim de semana foi de festa, o último casamento de uma lista um pouco comprida mas que não me importo nada, adoro casamentos. A felicidade das noivos, o vestido da noiva, a igreja, nesse dia só se respira amor e é tão bom ver os outros felizes.
O espaço escolhido pelos noivos estava um encanto, muito elegante e acolhedor, adorei.

















Local: Solar da Levada - Amares

sábado, 15 de outubro de 2016

O meu pós-parto

Cada caso é um caso e este é o meu: 

Sempre que vemos uma grávida desejamos-lhe uma hora pequenina e que não sofra muito, mas minhas amigas o pior, o pior é o pós-parto e quase ninguém fala. 
Durante nove meses somos o centro das atenções da família, do grupo de amigos, temos prioridade nas filas do supermercado e mesmo gordinhas, todos nos acham um encanto.
Vivi uma gravidez com alguns sustos, mas no final tudo correu bem. Pensava muito no parto, como ia ser, se íamos sofrer muito, pensava demais até.Confesso não foi pêra doce, mas o pior foi mesmo o depois, o pós-parto. 

Tive uma cesariana complicada, um corte maior que o normal, muitos pontos e isso limitou-me muito a nível de mobilidade. Dormi um mês sentada e andar era tarefa difícil. 

Ao fim de oito dias de vida do S., desenvolvi uma mastite, nunca tinha ouvido falar em tal nome pomposo, mas a verdade é que doía horrores. Foram as piores dores da minha vida, ainda hoje quando penso, sinto no peito a dor e fico com os olhos em lágrimas. As mastites foram dolorosas, tive sete em seis meses, a quantidade de leite era tal que encaroçava e desenvolvia as mastites. Cada mamada do S. era um sofrimento para mim, com um pano na boca pedia a todos que se retirassem do quarto e quando ele pegava era um tormento, depois passava mas custava muito.
No entanto, mamou em exclusivo até aos seis meses(contra tudo e todos) o que para mim foi uma vitória sofrida, um dever cumprido, um orgulho.
Nunca tinha ouvido falar em mastite até então. Fiz curso de preparação para o parto, falei com inúmeras mamãs e profissionais de saúde, li imenso e nunca ouvi tal nome. Por isso, futuras mamãs preparem-se porque as mastites são muito normais nos primeiros meses (eu sou um caso raro) mas depois de controlado o leite é uma maravilha e uma saúde para qualquer bebé, não desistem.

E sim, houve uma altura que me senti uma vaca,não fiquem chocadas porque é mesmo assim que todas nos sentimos. Era leite por todos os lados da casa, toda a roupa tinha leite e eu cheirava a leite. Era normal e brincava com a situação de "ser literalmente uma vaca".

As noites em branco foram complicadas. Ia preparada mas o cansaço inicial foi difícil. Debilitada e doente, dormir poucas horas de noite mexeram comigo. Valeu-me o meu marido e a minha mãe.

O corpo modificou, ganhei uma barriga de falsa grávida e uma flacidez anormal.A auto-estima baixou mas não desesperei, alimentei-me bem e inscrevi-me no ginásio e hoje até estou melhor do que antes de engravidar. Com calma, tudo voltou ao normal.

O meu pós-parto foi complicado, mas sobrevivi :) 

Termino este post com um beijinho especial a todas as futuras mamãs, muita força :)  




quarta-feira, 12 de outubro de 2016

A mãe antes de nasceres

Antes de nasceres eu era a "mãe" que achava que não era preciso ir aquecer o carro cinco minutos antes da criança entrar, agora aqueço o carro dez minutos antes de entrares.

Antes de nasceres eu era a "mãe" que dizia que irias dormir para o teu quarto logo após os três meses de vida e a verdade é que dezanove meses depois ainda dormes no nosso meio e nós não nos importamos nada.

Antes de nasceres eu era a "mãe", que criticava a tecnologia, mas a verdade é que comes muito melhor se tiveres distraído a veres os amigos do panda e danças logo que ouves a música no telemóvel.

Antes de nasceres eu era a "mãe" cheia de fundamentos e verdades científicas e agora sou a mãe que improvisa, que contraria a teoria, que te estraga de mimo, a VERDADEIRA MÃE.




sábado, 8 de outubro de 2016

Skip - Libertem as crianças

Fiquei preocupada quando vi este anúncio. Segundo ele,  hoje em dia, as crianças têm em média menos tempo ao ar livre do que os reclusos, ou seja, menos de duas horas ao ar livre, o que é assustador. 
Cabe a nós pais mudar isto e é simples uma ida ao parque, ir as compras a pé ou simplesmente ir passear. Sair de casa, esquecer as tecnologias e ir respirar ar puro pois faz tanta falta.
Agora com a chegada do outono, as temperaturas descem, os dias encurtam e escurece mais cedo, mas isso não pode ser desculpa, temos que libertar as nossas crianças e simplesmente sair. 



Nostalgia

Tenho andado nostálgica nos últimos tempos, cheia de saudades da minha infância, dos meus tempos de adolescência sem preocupações. Não me perguntem porquê, mas a nostalgia chegou a mim.
Sinto saudades de não ter preocupações, dos dias que passava a brincar com as bonecas, das saídas com os meus pais ao domingo à tarde, das idas ao cinema à semana com a minha melhor amiga, dos meus fantásticos tempos de universidade, das minhas saídas à noite sem hora de chegada, das festas populares na minha terra e até de estudar (porra, não devo estar bem). O tempo não pará e queria tanto uma máquina do tempo. Queria voltar a sítios onde já fui muito feliz. A velocidade do tempo assusta-me, ainda à pouco era uma menina e já sou mãe. 
Não percebo o porquê de tanta nostalgia nestes últimos dias, mas este sentimento tem-me colocado a pensar na  importância do tempo na nossa vida. 
E vocês já se sentiram assim nostálgicas?