sábado, 29 de julho de 2017

Num relacionamento sério com a sua chupeta

Em bebé mostrava pouco interesse, agora no auge dos seus dois anos e meio está a ficar viciado na chupeta. Se antes ao chamá-lo à atenção de alguma asneira pedia a pi, agora pede a pi a toda a hora. O amor pela chupeta está a tornar-se tão forte que passa a noite com ela na boca.

Começo a ficar preocupada pois tenho receio que os dentes fiquem tortos e que o desenvolvimento do palato não seja o mais correcto. Já li e reli artigos, ouvi várias opiniões e parece-me que o desmame da chupeta será um processo demorado.

No entanto, a minha querida mãe diz-se dona de uma técnica infalível. Segundo ela, o segredo está em colocar um pouco daquele verniz terrível para parar de se roer as unhas e ele nunca mais quererá nenhuma chupeta. Estou tentada a usar esta tática (testada com sucesso em mim e na minha irmã), mas não me saí da cabeça as palavras do homem: "Esquece, isso é tóxico." Parece-me que está a ser  um pouco exagerado, mas a verdade é que as palavras dele tirara-me a coragem.

Até lá, vou tentando fazê-lo esquecer este relacionamento pois já só consigo imaginar o S. com os dentes encavalitados. 


Nota: PI - Palavra querida e fofinha que a avó materna o ensinou com orgulho pois já vem  da sua infância. 

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Ser mãe e pai, na ausência dele

Um aplauso a todas as mães....Mas às mães solteiras, viúvas, com os pais das crianças ausentes,  o aplauso tem que ser de pé e a saltar. É uma tarefa para lá de difícil.  
De há um mês para cá é esse o meu papel e digo-vos é uma prova de fogo. Além de ser terrível lidar com a ausência física, tomar decisões, educar, acompanhar, tratar da casa, da comida, das roupas, das compras é dose. Há dias longos, difíceis e que não acabam. 
Tenho sido mãe e pai a tempo inteiro, mas isso não chega. O S. sente a falta do pai e manifesta a dormir, nas brincadeiras com os carros e na falta de apetite. Não percebe a ausência física, já lhe expliquei, já lhe tínhamos explicado antes desta etapa mas os dois anos são ainda curtos para compreender esta situação. Neste momento tento compensá-lo, mas não é fácil.
Face à dureza da situação aplaudo de pé e a saltar todas aquelas mãe "sozinhas" que disfarçam a ausência do pai. 
Este post termina com um único pedido: QUE CHEGUE RÁPIDO O NATAL.